Tipos de arritmias cardíacas: quando deve usar o desfibrilador?

Publicado em: 21/10/2022

tipos de arritmias cardíacas

Sobre o que vamos falar hoje:

Serginho, zagueiro do São Caetano, correu pela pequena área. Ele jogava contra o São Paulo, sabia que aquela era uma disputa importante, e que precisava dar o seu melhor. Ao seu redor, a torcida gritava ensandecida, tentando influenciar o resultado da partida. Eles sabiam que, às vezes, não é o talento o fator decisivo – mas, o coração.

Ninguém entendeu quando o zagueiro caiu no gramado, levando suas mãos ao peito, em um gesto de imensa dor e desespero. Grafite, atacante do São Paulo, chegou a tropeçar em Serginho, sem perceber o que acontecia naquele momento. Ninguém imaginou que, naquele momento, a vida do jogador estivesse chegando ao fim

Os jogadores dos dois times gritaram, levaram suas mãos à cabeça, imploraram pelo atendimento médico. “Cadê a ambulância?” gritou um, “Chamem o médico” ordenou outro. Ainda assim, naquela época, o estádio não contava com os equipamentos necessários para este tipo de atendimento. A ajuda demorou e, ao chegar, não pôde fazer muita coisa.

A ambulância estava fechada, os médicos dos clubes precisaram ocupar o lugar vago deixado pelo estádio, e eles não tinham um desfibrilador externo automático. Nas palavras de José Sanches, um dos socorristas daquele fatídico dia, “A gente não tinha recursos”

A presença de um desfibrilador externo poderia ter mudado o desfecho dessa história, visto que ele apresenta uma taxa de sucesso de 96% no primeiro choque. Pensando nisso, nós preparamos um artigo para esclarecer as suas dúvidas sobre os diferentes tipos de arritmias cardíacas, e como tratá-las. Leia abaixo.

O que é uma arritmia cardíaca?

tipos de arritmias cardíacas

O seu coração se contrai em um ritmo ordenado, cerca de 50 a 100 batimentos por minuto. Ele funciona como uma bomba perfeitamente programada, que trabalha todos os dias e todas as noites, sem pausas, a fim de atender às necessidades do seu organismo.

Qualquer alteração na sequência do seu ritmo, seja por um problema físico e psicológico ou por condição do próprio órgão, deixa os batimentos cardíacos desordenados, perdidos, podendo ser mais lentos ou mais rápidos – é esta perturbação no funcionamento do coração que chamamos de arritmia cardíaca.  

Problemas no coração estão entre as principais causas de morte no Brasil. Certa pesquisa feita pelo Hospital do Coração, com 5.357 pacientes, revelou que pelo menos 61% dessas pessoas precisaram ser submetidas ao tratamento cirúrgico para controle da arritmia cardíaca, enquanto outra parte precisou de medicamentos.

As arritmias cardíacas representam um grande perigo para a saúde da população brasileira, ainda mais se levarmos em conta que ela pode evoluir de maneira desfavorável em pacientes que já sofreram com infartos ou outras complicações cardiovasculares, saltando de arritmia cardíaca para a morte súbita.

Quais os tipos de arritmias cardíacas?

tipos de arritmias cardíacas

As arritmias cardíacas podem ser de ordem benigna ou maligna. Nas benignas, as alterações no ritmo do coração podem gerar palpitações incômodas e outros sintomas desagradáveis, todavia elas não representam um perigo direto para a vida do paciente; enquanto as malignas, ao contrário, podem eclodir em uma morte súbita.

O seu coração é compartimentado em duas câmaras, ou andares, que abrigam os átrios direito e esquerdo na parte superior, e os ventrículos esquerdo e direito no andar de baixo. Os tipos de arritmias cardíacas são determinados de acordo com a sua área de afetação. 

Dentre os principais tipos de arritmias cardíacas, estão:

    • Fibrilação Atrial: A fibrilação atrial é o mais comum entre os diferentes tipos de arritmias cardíacas, atingindo cerca de 30% da população idosa. Sendo considerada a mais perigosa, pois ela provoca a perda de 25 a 35% do rendimento do coração. Neste caso, o músculo deixa de bater para “tremer”, acumulando sangue na cavidade atrial, o que leva à formação de coágulos. 
  • Arritmias supraventriculares: Diferente do caso listado logo acima, a arritmia supraventricular é considerada menos perigosa, até benigna, por não conduzir o paciente ao mal súbito. Ela decorre do acúmulo de tensão e estresse, e consiste no aumento dos batimentos cardíacos.
  • Arritmias ventriculares: Levando em consideração que a função principal do músculo cardíaco é a de bombear o sangue para o restante do corpo, estima-se que 75% a 80% dessa função é atribuída ao ventrículo esquerdo. Neste caso, o coração bate de forma acelerada e descompassada.

Bradiarritmias: Ao contrário dos outros tipos de arritmias cardíacas, aqui o coração bate de maneira mais lenta que o normal, menos de 60 batimentos por minuto (BPM), tornando-se incapaz de bombear o sangue, rico em oxigênio, para o restante do corpo, durante alguma atividade ou exercício físico.

O que causa a arritmia?

Os diferentes tipos de arritmias cardíacas não possuem uma causa única; mas, geralmente, elas são originadas por cardiopatias, ou seja, por doenças do coração. A razão só pode ser desvendada por um especialista da saúde, após a feitura e avaliação de uma série de exames clínicos. 

Ainda assim, após os muitos avanços no campo da medicina, é possível elencar alguns desencadeadores e possíveis origens dos problemas, tais quais: 

    • Fatores genéticos; 
    • Defeitos congênitos; 
    • Idade; 
    • Hipertireoidismo;
    • Hipotireoidismo; 
    • Estresse;
    • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
    • Tabagismo;
    • Consumo de bebidas energéticas; 
    • Apneia do sono; e 
    • Lesão nos tecidos do coração (infarto ou insuficiência cardíaca).  

Por quais razões, em alguns casos, deve-se usar o desfibrilador externo automático?

Antes de esclarecer como funciona o desfibrilador externo automático (DEA) é necessário esclarecer que, por ser um equipamento pequeno, leve, fácil de ser transportado, ele apresenta grandes vantagens em atendimentos emergenciais, ocorridos em locais que não contam com a presença de médicos ou socorristas.

Agindo de maneira moderna e intuitiva, o desfibrilador é capaz de reconhecer e corrigir diferentes tipos de arritmias cardíacas, garantindo ao paciente um atendimento rápido e eficaz, que não agride a sua pele com queimaduras ou gera danos cerebrovasculares

Basta o socorrista posicionar o aparelho perto do corpo caído, afastar os transeuntes e curiosos, posicionar as pás ou eletrodos de maneira correta, que o próprio desfibrilador será capaz de avaliar os batimentos cardíacos, se estão lentos ou acelerados, estabelecer a carga elétrica necessária e desferir o choque, de forma bifásica. 

O choque desferido sobre o paciente não é aleatório. Sendo regulado, ele é capaz de “reiniciar” o coração, trazendo a pessoa afetada de volta à vida. A sua eficácia é tão grande que especialistas da área confirmam: a taxa de sucesso, já no primeiro choque, é de aproximadamente 96%.

Onde encontrar o melhor desfibrilador externo automático para o seu negócio? 

Agora que você, caro leitor, está ciente da importância de se obter um desfibrilador externo automático e compreendeu que este pequeno e leve aparelho, apesar da sua aparente simplicidade, é capaz de salvar vidas, é natural que outras dúvidas tomem a sua cabeça.

Qual modelo você deve comprar é um deles, certamente. São muitas as opções disponíveis no mercado, assim como são várias as funcionalidades oferecidas e os preços estabelecidos. Todavia, quando o assunto é salvar vidas, o que mais devemos levar em conta é a capacidade de atuação do seu desfibrilador.

Os desfibriladores automáticos da Bem Estar Hospitalar oferecem dupla função, monofásica e bifásica, cabendo ao socorrista decidir qual atenderá melhor às suas necessidades. Eles alcançaram qualificações máximas em todas as avaliações de durabilidade e eficiência, incluindo o teste mais exigente: o próprio cliente

Sendo assim, recomendamos que você não perca mais tempo avaliando aparelhos que, a despeito das promessas feitas, serão incapazes de suprir todas as suas necessidades emergenciais e de atender todos os diferentes tipos de arritmias cardíacas. 

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