Cardioversor: o que é e onde adquirir o seu?
Publicado em: 23/01/2023
Quando pensamos em arritmias e procedimentos para correção dos batimentos cardíacos de um paciente, logo nos vem à mente o desfibrilador, todavia, esse equipamento é utilizado para fazer com que o coração do paciente volte a bater e não para corrigir batimentos.
Nós sabemos que algumas informações sobre alguns equipamentos específicos não são muito fáceis de se encontrar na internet, e é justamente para solucionar esse problema que cada um dos nossos artigos são pensados.
Este artigo foi escrito justamente para que você nunca mais confunda esses dois equipamentos e suas respectivas funções dentro de um hospital, compreendendo de uma vez por todas os casos em que ele é utilizado e muitos outros detalhes e curiosidades.
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O que é o Cardioversor?
Antes de qualquer tipo de definição acreditamos que seja necessário estabelecer a diferença entre o cardioversor do seu parente, o desfibrilador, para que não ocorra nenhuma confusão a esse respeito.
Cardioversor é um equipamento médico que esteticamente se parece com uma fusão entre o monitor multiparamétrico e o desfibrilador, por possuir uma pequena tela em que alguns sinais vitais do paciente e as “pás” utilizadas para a cardioversão.
Apesar de se parecer tanto com o monitor multiparamétrico e o desfibrilador, o cardioversor nem sempre acumula as mesmas funções dos dois, sendo usado para casos bem específicos, sempre, vale lembrar, utilizado por um profissional especializado.
Curiosidade: A semelhança do cardioversor com o desfibrilador vai muito além da aparência, sendo o primeiro uma variante do segundo. O que poucas pessoas sabem é que os primeiros desfibriladores criados eram usados para sacrificar animais.
A possibilidade de utilizar o desfibrilador para salvar seres humanos foi descoberta quando, na hora em que estavam sacrificando um cachorro, deram uma segunda descarga elétrica apenas para ver o que aconteceria.
Eis que o cachorro voltou à vida e o desfibrilador passou a ser utilizado da forma como estamos habituados a ver hoje.
- Dica: se você quer saber mais sobre desfibriladores, confira o nosso artigo sobre o assunto clicando aqui.
Para que ele serve?
O cardioversor, como foi dito no parágrafo anterior, é uma espécie de variante do desfibrilador, e quando usamos esse termo, variante, a primeira coisa que nos vem à cabeça é que o cardioversor atende casos que seu irmão mais velho não atende.
Afinal, quais são esses casos específicos em que o cardioversor é recomendado no lugar do desfibrilador? Basicamente o cardioversor é utilizado nos casos de arritmia mais leve, ou seja, o coração do paciente não sofreu parada.
À primeira vista pode parecer que é tudo a mesma coisa, já que em ambos os procedimentos dá-se um choque na região do peito, ou até diretamente no coração dependendo dos casos, mas as finalidades são bem diferentes.
Quando falamos que o cardioversor existe para corrigir arritmias mais leves, estamos falando de um paciente que tem pulso, porém, esse pulso está muito acelerado ou muito devagar.
Agora quando estamos falando do desfibrilador, só para que fique claro a diferença, o paciente que será submetido a esse procedimento está sem pulso, sendo assim, uma emergência muito maior do que o primeiro caso.
Mas por que um cardioversor precisa ter um monitor para indicar os sinais vitais do paciente? Pode estar se perguntando o leitor bem atento. Muito simples, existe uma outra função do cardioversor que dispara as descargas elétricas de maneira automática.
Nessa função específica, o operador define os limites dos quais o batimento cardíaco do paciente não pode passar em hipótese alguma, e se vier a passar, o cardioversor emite pequenos choques para corrigir a arritmia do paciente instantaneamente.
Quando é importante utilizar o cardioversor?
Nos casos em que a arritmia do paciente ainda pode ser controlada sem que seja necessário fazer uso do desfibrilador, ou é claro, nos momentos em que o médico julgar necessário, como é o caso de muitos outros equipamentos hospitalares.
Via de regra o cardioversor é utilizado quando a arritmia está leve, porém, acontece que por se tratar de um equipamento que só pode ser manuseado por profissionais especializados, no caso do profissional responsável julgar necessário, ele será utilizado.
Graças aos avanços da tecnologia, hoje encontramos aparelhos que realizam os dois procedimentos, ou seja, tanto realizam a cardioversão quanto a desfibrilação, transformando esses procedimentos em funções de um mesmo aparelho.
Essa mudança de funções é feita por meio de um botão chamado “Sync”, ou “Sincronização”. Quando a descarga elétrica é realizada de forma sincronizada, o procedimento realizado é uma cardioversão, quando não sincronizada, desfibrilação.
Outro ponto importante sobre o cardioversor, é que ele sempre deve ser testado e seus parâmetros estabelecidos antes de submeter o paciente ao procedimento. Para isso, os cardioversores já contam com botões de teste para facilitar esse processo.
O motivo do teste prévio ser extremamente necessário é mais do que óbvio. Imaginem um paciente precisando ser submetido a uma cardioversão e o único equipamento disponível não foi testado, e portanto, não estava preparado para ser utilizado.
Um paciente que estava até então com uma arritmia leve, pode ter seu quadro agravado por uma parada cardíaca, necessitando agora não mais de um cardioversor, mas de um desfibrilador. Esse pequeno teste pode ser a diferença entre salvar e perder uma vida.
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